Quem sabe...
Quem vive no futuro esquece o presente.
Lá se vai.
Lá se perde.
Lá se fica.
Lá se mora.
De mergulhos incessantes vive o peixe. Em cada movimento, um saltar de tempo.
Não vê luz, só sombras.
Como poderia ver que está parado?
Como pode sair do mar para olhar a pura luz?
Não se sabe.
Agora, voltando ao futuro... ou presente. Onde é que estou mesmo? Acho que me perdi...
Se é que um dia fui encontrado.
Mas há afinal um local, no qual se expressa a língua dos peixes, por eles não falada?
Rainer Maria Rilke
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