sábado, 14 de março de 2009

- Amor de minhas entranhas,
morte viva, em vão espero tua palavra escrita
e penso, com a flor que se murcha,
que se vivo sem mim quero perder-te.

O ar é imortal.
A pedra inerte nem conhece a sombra nem a evita.
Coração interior não necessita o mel gelado que a lua verte.

Porém eu te sofri.
Rasguei-me as veias,
tigre e pomba, sobre tua cintura em duelo de kordiscos e açucenas.

Enche,
pois, de palavras minha loucura
ou deixa-me viver em minha serena noite
da alma para sempre escura
(Maiakovski)

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